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Sindicato apresenta demandas do Banco do Brasil para representante da DIPES


No dia 9 de novembro o Sintrafi Floripa recebeu a visita do assessor de relacionamento sindical Anderson Santos, representante da DIPES, acompanhado pela assessora da Gerência Regional de Pessoas - GEPES SUL, Daniele Rossetto.


Segundo Anderson o objetivo da visita é estreitar a relação com os sindicatos, promovendo um diálogo mais próximo e uma escuta ativa das demandas locais e das peculiaridades de cada base sindical. No caso dos temas mais gerais, estes são tratados em mesas temáticas entre os representantes das Comissões de Empregados

e os negociadores do banco.


Além da reunião com os dirigentes do Sintrafi, houve visitação à CRBB de São José e duas agências no Centro de Florianópolis, a agência Felipe Schmidt e a agência Central.


Entre os diversos assuntos tratados, os dirigentes sindicais apresentaram algumas pautas específicas a serem encaminhadas às diretorias responsáveis.


Cobrança de metas: o BB deve rever o atual modelo de gestão, monitoramento e cobrança de metas, responsável pelo adoecimento dos funcionários. São diversas as denúncias de abuso cometidos por meio de mensagens em grupos de WhatsApp, encaminhadas por superintendências e regionais, seja para cobrança de metas ou divulgar rankings das agências. Além disso, vídeos e áudio conferências em excesso acabam ocupando parte da jornada dos trabalhadores, prejudicando inclusive o contato com os clientes, um dos principais indicadores de avaliação e alvo de cobrança diária por parte dos gestores. Outra irregularidade apontada é a liberação de acesso dos funcionários aos resultados gerais dos demais colegas, gerando constrangimentos que muitas vezes impactam no ambiente de trabalho. Para Marco Silvano, Coordenador da Fetrafi-SC e representante do estado no Comando Nacional dos Bancários, “o acesso aos resultados da unidade deveria ser concedido somente aos gerentes gerais nos sistemas corporativos para acompanhamento”. Na prática, o livre acesso representa uma espécie de ranqueamento dos funcionários e se configura descumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho.


Obras na agência 3471 Empresarial Nereu Ramos: o banco deve reavaliar a localização da unidade, prevista para retornar para uma sala sem janelas e sem condições adequadas, como já denunciado pelo Sindicato. Considerando que o prédio continua em reforma, os dirigentes afirmaram ser necessário levar em consideração as observações dos colegas e as diversas alternativas encaminhadas aos setores responsáveis. Essa obra faz parte do levantamento realizado pelo Sindicato relativo às obras em andamento no estado e entregue a Gepes Sul e Plataforma Cesup Curitiba.


Horário de funcionamento de agências nível F no interior a partir do dia 22/11: os dirigentes questionaram quais as razões para a redução do horário de atendimento das agências de São Bonifácio e São Pedro de Alcântara (10:00 às 13:00 h), Águas Mornas e Anitápolis (10:00 às 14:00 h). Considerando a importância do BB para região, os dirigentes alertaram para a precarização no atendimento à população, inclusive abrindo mais espaço para a concorrência com as cooperativas financeiras, que acabam conquistando parcela importante de clientes que necessitam de crédito para as atividades vinculadas à agricultura e pecuária.


Caixas e Gemods do PSO e das agências: os dirigentes denunciaram aos representantes da Dipes e Gepes os problemas causados após a realocação de caixas da PSO para a plataforma do Cenop, em Florianópolis. Com a redução de funcionários para a prestação do serviço de caixa, o atendimento fica prejudicado principalmente na primeira quinzena e no último dia útil de cada mês, o que acarreta sobrecarga de trabalho e adoecimento dos funcionários. Os dirigentes constataram que têm agências que ficam somente com um caixa e o BB tem problemas para cumprir a lei da fila em função da redução dos caixas. Em muitos casos, a lei da fila é burlada com o contingenciamento no atendimento dos clientes ou repassando a informação de que o sistema caiu, para que os caixas possam ter seu intervalo para almoçar. Outra questão é a abertura de caixa pelos Gerentes de Módulo, situação absolutamente irregular, pois o acúmulo de funções acaba mascarando o problema recorrente em Florianópolis e Região. Além disso, com a falta de caixas, os funcionários são constantemente “convidados” a ir para outra unidade cobrir ausências e atender a demanda em dias de pico, prejudicando aqueles que se deslocam no atingimento do índice de efetividade operacional. Os dirigentes solicitaram intermediação da Dipes junto à Diope, a fim de agendar com urgência uma reunião para tratar dos problemas do PSO Floripa.


Painel instalado na CRBB: foram entregues imagens de uma televisão colocada nessa unidade onde tem posts com os destaques na contratação dos produtos. No entendimento da Direção do Sintrafi, essa exposição acaba prejudicando os demais colegas pois o nível de adoecimento psíquico e a pressão pelo cumprimento de metas nesses locais de trabalho é muito alta. O problema é tão sério que a equipe médica que atende esses colegas também desaconselha a utilização desse equipamento. Segundo Luiz Toniolo, representante da Fetrafi-SC na CEBB, “existe um GT – grupo de trabalho nacional tratando das questões relacionadas às CRBBs” e avalia que a retirada do equipamento tenha que ser feita imediatamente, “pois não está regulamentada e nem padronizada a utilização desses dispositivos no BB”.


A Direção do Sintrafi Floripa acredita na construção negociada visando a melhoria das condições de trabalho para toda a categoria e a resolução dos problemas nos locais de trabalho é um desafio diário. É preciso que os Executivos e a Direção do BB levem discurso de uma nova gestão de pessoas à prática. E aguarda que os problemas levantados na reunião possam chegar aos responsáveis a fim de que as melhorias efetivas sejam adotadas.

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