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Avanços da proposta de ACT do Itaú serão deliberadas em assembleia no dia 6


Após diversas mesas de negociação com o Itaú, o movimento sindical conquistou uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que mantém todos os direitos anteriores e ainda prevê uma série de avanços para os empregados do grupo.


A proposta de acordo para 2025 é ampla e inclui cláusulas sobre concessão de bolsas de estudo; sobre banco de horas semestral; ponto eletrônico; sobre validação do registro de ponto; teletrabalho e ainda prevê uma importante conquista na área de saúde e condições de trabalho: a redução de metas para quem retorna de licença-saúde.


Os trabalhadores e trabalhadores do Itaú Unibanco S.A., Itaú Unibanco Holding S.A., Banco Itaú Consignado S.A., Financeira Itau CBD S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento, Luizacred S.A. Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento, Redecard Sociedade de Crédito Direto S.A, sócios e não sócios do sindicato, deverão deliberar sobre a proposta em assembleia que acontecerá na próxima segunda-feira, 6.


Saiba mais detalhes sobre a proposta:


Menos metas: retorno gradual da licença-saúde


A proposta inclui uma importante conquista dos trabalhadores do Itaú: o retorno gradual às metas (em 90 dias) para os trabalhadores que retornem da licença-saúde: com isenção total das metas nos primeiros 30 dias, redução para apenas 25% das metas no segundo mês e redução para 50% das metas no terceiro mês.


Auxílio-educação agora inclui EAD


Pela proposta, continuam disponíveis as 5.500 bolsas de estudo para os trabalhadores, das quais 1 mil são para PCDs, 500 para os empregados do conglomerado Itaú e 4 mil para os trabalhadores do banco. Mas com duas novidades: agora as bolsas incluem EAD (antes era apenas para cursos presenciais) e não há mais a trava que priorizava os trabalhadores em primeira graduação e em primeira pós-graduação.


Banco de horas semestral


A renovação do banco de horas traz avanços importantes para os trabalhadores. É importante destacar que a possibilidade de criação de um banco de horas semestral foi introduzida pela Reforma Trabalhista, permitindo que ele fosse firmado por acordo individual, sem a participação do sindicato. Nesse cenário, todas as horas extras poderiam ser acumuladas na proporção de 1 para 1, independentemente do dia em que foram realizadas. No entanto, o acordo coletivo negociado pelo movimento sindical garante condições mais vantajosas.


A proposta renova as cláusulas anteriores do acordo de banco de horas, mas com dois avanços. Antes, cada hora trabalhada no feriado era compensada com 1 hora e meia; pela proposta, a compensação será de 2 horas. As demais proporções continuam as mesmas.


Como se sabe, a compensação das horas deve ser feita em até seis meses, e se passar desse prazo, o banco deve pagar hora extra. A outra mudança na proposta é que antes o banco priorizava a compensação das horas trabalhadas nos finais de semana e feriados, o que fazia com que as pagas normalmente fossem as realizadas nos dias úteis; agora a prioridade na compensação será das horas extras realizadas em dias úteis. Dessa forma, é mais provável que as horas extras pagas sejam as dos finais de semana e feriados, o que é mais vantajoso para o trabalhador.


A proposta prevê ainda a inclusão de uma cláusula em que o banco se compromete de que não haverá expediente nas agências aos finais de semana e feriados, e que se excepcionalmente houver, o sindicato será comunicado com antecedência.


Ponto eletrônico e validação do registro


Serão renovados os acordos de ponto eletrônico e de validação de ponto, com todas as garantias para que os trabalhadores tenham suas jornadas respeitadas.


Teletrabalho


Caso a proposta seja aprovada na assembleia de segunda-feira, também serão renovadas as condições do modelo de teletrabalho do Itaú, que tem vantagens em relação ao acordo previsto na CCT dos bancários.


Com o reajuste pelo INPC, a ajuda de custo mensal passa a ser de R$ 109,43 (a da CCT é R$ 94,55). Além disso, para ter direito à ajuda de custo, basta que o bancário trabalhe apenas 1 dia em home office (na CCT é preciso que o bancário trabalhe em home office mais do que 15 dias por mês).


Outras garantias


O novo acordo prevê ainda a criação de um grupo de trabalho para debater o Gera, segurança nas agências, diversidade, saúde e condições de trabalho, com o compromisso de retomar o debate sobre o acordo de parcelamento das dívidas do bancário que volta de licença-saúde.


O banco também se comprometeu em buscar novas parcerias culturais, com descontos para os trabalhadores. E garantiu ainda que bancários que trabalham fora de sua cidade natal tenham essa situação levada em consideração quando pleitearem transferência para voltarem a seus locais de origem.


Informações do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

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