Detalhes dependem de aceitação da diretoria do Banco. Assim que fechada, a proposta será submetida à Assembleia.
Os Sindicatos de Bancários de Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis estão a um passo de fechar o acordo do Programa de Desligamento Voluntário – PDV com o BRDE. Nesta quarta-feira (6), os representantes de ambos os lados da mesa avançaram ainda mais na melhoria da proposta, com sinalização de aceite por parte do banco aos apontamentos trazidos pelos dirigentes sindicais até o momento.
Os sindicalistas ainda solicitaram melhora na manutenção do Vale Alimentação para quem aderir ao PDV: de 12 para 18 meses após o desligamento, o que os negociadores do BRDE se comprometeram a submeter à diretoria do Banco, para a Dirigente Maria Cristina SteyerBurkard “a perda do Vale alimentação trás grande impacto financeiro aos trabalhadores bancários, motivo pelo qual preservação desse direito pós PDV garante um período de adaptação aos trabalhadores que aderirem ao Plano”.
No que diz respeito à manutenção do plano de saúde para os funcionários do RPII que aderirem ao PDV, segue o prazo negociado de 12 meses. O Banco observou que esses funcionários terão a manutenção do plano de saúde oferecido pelo BRDE (Unimed), mas sem a possibilidade de reembolso de consultas e procedimentos efetuados fora da rede credenciada. Os funcionários do RPI já têm consolidado o direito ao plano de saúde na aposentadoria, incluindo os reembolsos.
“É importante ressaltar que a diretoria do Banco entendeu as nossas demandas e que precisávamos buscar um equilíbrio no debate. Isso nos deixa confortáveis para levar a proposta em breve à apreciação da nossa base em assembleia”, apontou o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner.
Quem fica também ganha – acordo do PDV inclui solução negociada para processos de horas extras
Outro debate que avançou diz respeito aos processos de horas extras que tramitam na justiça trabalhista. “Desde o início deste processo negocial fomos claros de que a quitação de direitos dentro do PDV teria que ser compensada pelo banco com a resolução do passivo das horas extras não pagas, anteriores ao acordo de compensação de horas, alcançando todos os funcionários que tenham direito, não apenas os que aderirem ao PDV”, explica Caroline Heidner, que coordena a negociação com o BRDE.
Conforme estipulado na rodada anterior da negociação, nos últimos dias a assessoria jurídica do SindBancários teve várias reuniões técnicas com o Banco onde os dados das horas extras devidas foram analisados e parâmetros para o acordo foram estabelecidos. A proposta é sem compensação de horas e com pagamento célere tão logo estejam prontos os cálculos individuais. A proposta detalhada será enviada oficialmente pelo Banco nos próximos dias, mas a assessoria jurídica do Sindicato sinaliza que o resultado da negociação foi bastante positivo.
“Este acordo tem que ser comemorado. Ele é fruto de uma negociação madura, de entendimento entre as partes. É preciso destacar, ainda, que desde o início o assunto foi tratado com transparência e lealdade tanto por parte dos sindicatos quanto por parte do Banco”, avaliou o advogado Marcelo Scherer, do escritório AVM.
O compromisso do BRDE é que a Diretoria aprecie a íntegra do acordo (PDV e solução das horas extras) na próxima semana. Uma vez formalizado o aceite da Diretoria do Banco, os sindicatos das três bases - Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba - publicarão seus respectivos editais convocando as assembleias de apreciação do acordo.
“É importante destacar que a assembleia não decidirá apenas as vantagens negociadas para quem aderir ao PDV, mas sim uma proposta de acordo que, se aceita, encerrará nossa ação judicial das horas extras. Portanto, desde já os colegas do BRDE precisam estar mobilizados para estarem presentes nessa importante deliberação”, destaca Caroline.
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